quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Regência nominal e regência verbal


 

Regência Nominal


É a relação entre os nomes e seus complementos. Essa relação é estabelecida através de preposições.

O bacharel em Direito pode prestar concursos. (bacharel em e não bacharel de)

 

Tenho horror às aranhas.  (e não “Tenho horror de aranhas.”)

 

Essa resposta é compatível com a pergunta.  (e não “Essa resposta  é compatível a pergunta”.)

 





Regência Verbal

É  a parte da língua que estuda a relação entre os verbos e os termos que se seguem a eles e completam o seu sentido.

Os verbos são os termos regentes, e  os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos.

 

Assistir

Com o sentido de ver exige preposição:

Que tal assistirmos ao jogo?

 

Com o sentido de dar assistência não exige preposição:

Sempre assistiu pessoas mais carentes.

 

Com o sentido de pertencer exige preposição:

Assiste aos prejudicados o direito de processo judicial.

 

 

Chegar

É  regido pela preposição “a”:

Chegamos ao local marcado.

 

Essa é a forma padrão. Mas, nas coversas informais, podemos observar a forma coloquial:  Chegamos no local marcado.

 

 

Custar

Com o sentido de ser custoso exige preposição:

Aquela decisão custou ao amigo.

 

Apresentando o sentido de valor não exige preposição:

 Aquela coleção custou caro.

 

Obedecer

O verbo obedecer é transitivo indireto, portanto, exige preposição:

Obedeça ao supervisor!

Na linguagem informal,   é usado como verbo transitivo direto: Obedeça o supervisor!

 

 

Proceder

  Apresentando o sentido de fundamento é verbo intransitivo:

Essa sua dúvida não procede.

      Apresentando o sentido de origem exige preposição:

Essa sua dúvida procede de outras situações.

 

Visar

Apresentando o sentido de objetivo exige preposição:

Visamos ao cargo.

 

Na linguagem  coloquial, encontramos o verbo  sem preposição, ou seja, como verbo transitivo direto: Visamos o cargo.

 

Apresentando  o sentido de mirar não exige preposição:

O atirador visou o alvo à distância.

 

 

Esquecer

O verbo esquecer é transitivo direto, portanto, não exige preposição:

Esqueci o meu livro de história.

 

Na  forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu livro de história.

 

Querer

Com o sentido de desejar não exige preposição:

Quero ficar em casa hoje.

 

Com o sentido de estimar exige preposição:

Queria muito aos meus companheiros de trabalho.

 

 

Aspirar

Apresentando  o sentido de respirar ou absorver não exige preposição:

Aspirou todo o ambiente

 

Apresentando  o sentido de pretender exige preposição:

Aspirou ao cargo de supervisor.

 

 

Informar

O verbo é transitivo direto e indireto, sendo  assim,  exige um complemento sem e outro com preposição:

Informei o fato aos professores.

 

Ir

O verbo ir é regido pela preposição “a”:

Vou à praia.

 

 

Implicar

Apresentando o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto e  não exige preposição:

O seu pedido implicará um novo prazo de entrega.

 

Apresentando o sentido de embirrar, é transitivo indireto e  exige preposição:

Implica com tudo!

 

Morar

É  regido pela preposição “em”:

Mora no sul do estado.

 

 

Namorar

É  transitivo direto, embora as pessoas usem  sempre seguido de preposição:

Namorou a Carina  durante anos.

 

"Namorou com a Carina  durante anos" não é gramaticalmente aceito.

 

 

Preferir

É transitivo direto e indireto.

Prefiro salada a carne.

 

 

Simpatizar

É  transitivo indireto e exige a preposição "com":

Simpatiza com os vizinhos do bairro.

 

 

Chamar

       Apresentando  o sentido de convocar não exige complemento com preposição:

Chama o diretor!

 

      Apresentando o sentido de apelidar exige complementos com e sem preposição:

Chamou ao amigo de Mauricinho.

Chamou amigo de Mauricinho.

Chamou ao amigo Mauricinho.

Chamou amigo Mauricinho.

 

Pagar

Quando informamos o que pagamos o complemento não tem preposição:

Paga o caderno?

 

Quando informamos a quem pagamos o complemento exige preposição:

Paga o caderno ao balconista.

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