terça-feira, 31 de outubro de 2017

Questões sobre as funções da linguagem com gabarito

Questões sobre as funções da linguagem


1. BB - Técnico Administrativo 
A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas . no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19). 
(Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br) 

Releia o texto em questão. Qual é a função da linguagem que prevalece? 

a) Função metalinguística. 
b) Função emotiva. 
c) Função fática. 
d) Função conativa. 
e) Função referencial.


2. EsPCEx - 2011 
Quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, quer na seleção e combinação das palavras, quer na estrutura da mensagem, com as mensagens carregadas de significados, temos a função de linguagem denominada:

a) fática. 
b) poética. 
c)  emotiva. 
d) referencial. 
e) metalinguística.


3. COPEVE-UFAL-2011- IF-AL - Assistente Administrativo
No texto: “Com formato de guarda-chuva aberto, a Chrysaora hypocella pertence à classe dos cifozoários, animais celentrados, da classe Scyphozoa, aeróspedos, caracterizados por terem medusas grandes, em forma de campânula, marginadas por tentáculos.”, a função de linguagem predominante é:

a) metalinguística. 
b) fática. 
c) apelativa. 
d) expressiva. 
e) referencial.


4. FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - 
Para transmitir mensagens, é fundamental que haja uma fonte e um destino, distintos no tempo e no espaço. A fonte é a geradora da mensagem e o destino é o fim para o qual a mensagem se encaminha. Nesse caminho de passagem, o que possibilita à mensagem caminhar é o canal. Na verdade, o que transita pelo canal são sinais físicos, concretos, codificados. (Samira Chalhub) No texto acima, 

a) resumem-se os papéis desempenhados pelos principais componentes de um sistema de comunicação. 

b) demonstra-se como se estabelecem as diferentes funções da linguagem num discurso em prosa.

c) afirma-se que a verdadeira comunicação ocorre quando o falante tem plena consciência dos procedimentos da fala. 

d) fica claro que o elemento essencial para qualquer ato de comunicação está no pleno domínio das formas cultas. 

e) argumenta-se que a efetividade da comunicação está condicionada pelo tipo de canal em que se decodificará a mensagem.


5.  ENEM 2012

Desabafo 
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado. 
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). 

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois 

a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito. 

c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem. 

d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais. 

e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.


6. UEMG-2006
Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.



b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação inventada.

c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)


d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e montados, picadinhos (...)


7. UFV-2005
Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:

I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.



II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante satisfeito.

III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante.


IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?


V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.

Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:
a) III e V.


b) I e II.
c) I e IV.

d) III e IV.

e) II e V.



8.  PUC/SP-2001
A Questão é Começar
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 
1997, p. 13).

Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
a) Função emotiva


b) Função referencial
c) Função fática

d) Função conativa

e) Função poética




9.  Enem-2007
O canto do guerreiro
Aqui na floresta


Dos ventos batida, Façanhas de bravos
Não geram escravos,

Que estimem a vida

Sem guerra e lidar.

— Ouvi-me, Guerreiros,

— Ouvi meu cantar.

Valente na guerra,

Quem há, como eu sou?

Quem vibra o tacape

Com mais valentia?

Quem golpes daria

Fatais, como eu dou?

— Guerreiros, ouvi-me;

— Quem há, como eu sou?

(Gonçalves Dias.)
Macunaíma (Epílogo)
Acabou-se a história e morreu a vitória.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?
(Mário de Andrade.)
Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que:
a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.



b) a linguagem utilizada no primeiro texto é coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.

c) há, em cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.


d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de informações reais.


e) a função da linguagem centrada na primeira pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.


10.  Ibmec-2006

Me devolva o Neruda (que você nem leu)
Quando o Chico Buarque escreveu o verso acima, ainda não tinha o “que você nem leu”. A palavra Neruda - prêmio Nobel, chileno, de esquerda - era proibida no Brasil. Na sala da Censura Federal o nosso poeta negociou a proibição. E a música foi liberada quando ele acrescentou o “que você nem leu”, pois ficava parecendo que ninguém dava bola para o Neruda no Brasil. Como eram burros os censores da ditadura militar! E coloca burro nisso!!! Mas a frase me veio à cabeça agora, porque eu gosto demais dela. Imagine a cena. No meio de uma separação, um dos cônjuges (me desculpe a palavra) me solta esta: me devolva o Neruda que você nem leu! Pense nisso.
Pois eu pensei exatamente nisso quando comecei a escrever esta crônica, que não tem nada a ver com o Chico, nem com o Neruda e, muito menos, com os militares.
É que eu estou aqui para dizer um tchau. Um tchau breve porque, se me aceitarem - você e o diretor da revista -, eu volto daqui a dois anos. Vou até ali escrever uma novela na Globo (o patrão vai continuar o mesmo) e depois eu volto.
Esperando que você já tenha lido o Neruda.
Mas aí você vai dizer assim: pó, escrever duas crônicas por mês, fora a novela, o cara não consegue? O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?
Preguiçoso, no mínimo.
Quando faço umas palestras por aí, sempre me perguntam o que é necessário para se tornar um escritor. E eu sempre respondo: talento e sorte. Entre os 10 e 20 anos, recebia na minha casa O Cruzeiro, Manchete e o jornal Última Hora. E lá dentro eu lia (me invejem): Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino, Millôr Fernandes, Nelson Rodrigues, Stanislaw Ponte Preta, Carlos Heitor Cony. E pensava, adolescentemente: quando eu crescer, vou ser cronista.
Bem ou mal, consegui meu espaço. E agora, ao pedir de volta o livro chileno, fico pensando em como eu me sentiria se, um dia, um desses aí acima escrevesse que iria dar um tempo. Eu matava o cara! Isso não se faz com o leitor (desculpe, minha amiga, não estou me colocando no mesmo nível deles, não!)
E deixo aqui uns versinhos do Neruda para as minhas leitoras de 30 e 40 anos (e para todas):
Escuchas otras voces en mi voz dolorida


Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas,


Amame, compañera. No me abandones. Sigueme,


Sigueme, compañera, en esa ola de angústia.

Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras

Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas

Voy haciendo de todas un collar infinito

Para tus blancas manos, suaves como las uvas.

Desculpe o mau jeito: tchau!
(Prata, Mario. Revista Época. São Paulo. Editora Globo, Nº - 
324, 02 de agosto de 2004, p. 99)
Relacione os fragmentos abaixo às funções da linguagem predominantes e assinale a alternativa correta.
I - “Imagine a cena”.


II - “Sou um homem de sorte”.
III - “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?”.
a) Emotiva, poética e metalingüística, respectivamente.


b) Fática, emotiva e metalingüística, respectivamente.
c) Metalingüística, fática e apelativa, respectivamente.

d) Apelativa, emotiva e metalingüística, respectivamente.

e) Poética, fática e apelativa, respectivamente.


Gabarito:

1. E
2. E
3. A
4. A
5. B
6. C
7. A
8. C
9. C

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