sábado, 20 de outubro de 2018

Questões sobre os adjetivos


Questões sobre os adjetivos

1. UPM-SP

Assinale a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero:
a) elemento motor, tratamento médico-dentário.
b) esforço vão, passeio matinal.
c) juiz arrogante, sentimento fraterno
d) cientista hindu, homem célebre
e) costume andaluz, manual lúdico-instrutivo


2. UCMG

Em todas as alternativas, há correlação entre os termos destacados, exceto em:
a) A situação foi considerada gravíssima.
b) Todos procederam educados.
c) Estas casas devem ter custado caro.
d) Alegre e comunicativo, o menino.
e) Meu tio foi nomeado embaixador.


3. UFPel - RS 

O texto a seguir refere-se às questões 3 e 4:
Estrela da vida inteira
"Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro Bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença."

Manuel Bandeira

3. "Bonachão", referindo-se a São Pedro, significa:
a) bondade espontânea de São Pedro.
b) ingenuidade de São Pedro.
c) paciência irrestrita de São Pedro.
d) para São Pedro, ninguém e pecador.
e) predisposição bondosa de São Pedro em relação à Irene.

4. "Meu branco" envolve o uso de:
a) um grau superlativo.
b) um substantivo adjetivado
c) um adjetivo substantivado
d) um pronome substantivo
e) n.d.a


5. U.F. Uberlândia - MG

"Talvez seja bom que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim." A palavra destacada é, respectivamente:
a) substantivo e substantivo
b) substantivo e adjetivo
c) adjetivo e verbo
d) advérbio e adjetivo
e)adjetivo e advérbio


6. CESGRANRIO

Assinale a opção em que o termo cego(s) é um adjetivo:
a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir...
b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma...
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.
d) Naquele instante era só um pobre cego.
e)...da Terra que é um globo cego girando no caos.


7. UFF

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
PERO VAZ DE CAMINHA
A descoberta

Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-Ihes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam pôr a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha

(ANDRADE, Oswald de. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978, p.80.)

A conversão de substantivos em adjetivos, isto é, tomar uma palavra designadora (substantivo) e usá-la como caracterizada (adjetivo), constitui um procedimento comum em língua portuguesa.
Assinale a opção em que a palavra em destaque exemplifica este procedimento de conversão de substantivo em adjetivo.
a) E depois a tomaram como ESPANTADOS. (v.10)
b) Fez o salto REAL (v. 14)
c) Eram três ou quatro MOÇAS e bem gentis (v. 16)
d) Com cabelos mui PRETOS pelas espáduas. (v.17)
e) E suas vergonhas ALTAS e tão saradinhas. (v.18)


8. ENEM - 2012

O sedutor médio

Vamos juntar
Nossas rendas e
expectativas de vida
querida,
o que me dizes?
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes?

VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

a) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica.

b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso final.

c) no verso “e ser meio felizes?”, em que “meio” é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se sentiria realizado.

d) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os rendimentos da mulher.

e) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de conquistas amorosas.


9. FATEC - 2012

Leia o texto a seguir para responder às questões de números 50 a 53.

Em 2009, a Escola Estadual D. Pedro I, na aldeia Betânia, onde vivem cinco mil ticunas (estima-se que haja 32 mil ticunas vivendo no Alto Solimões, entre a Amazônia brasileira, a colombiana e a peruana), ficou na rabeira do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O colégio, frequentado por 600 jovens representantes da etnia, ostentou o último lugar.

“Há dois ou três anos, todos os professores eram de fora da aldeia, A Organização Geral dos Professores Ticuna Bilíngues foi formando professores indígenas, e o quadro mudou. Nossa escola é muito boa. Tem um ponto de internet. Há dois anos, temos eletricidade. Nosso problema é a língua. Das regiões de Tefé a Tabatinga, predomina a etnia ticuna. Eu acho que justifica lutar por uma universidade ticuna”, diz Saturnino, um dos poucos fluentes em português na aldeia Betânia.

São índios. Mas não adoram o Sol, a Lua, as etrelas, os animais, as árvores. Praticam, sim, com afinco, a religião batista, imposta por um missionário americano, o pastor Eduardo – provavelmente, Edward – que passou por ali, pelo Alto Solimões, a região mais isolada da Amazônia, no amanhecer dos anos 60. São brasileiros, amazonenses, porém não assistem à novela das oito nem ouvem sertanejo universitário. Eles se ligam na TV colombiana e escutam música importada do país vizinho, que ecoa estrondosa dos casebres de madeira. O único sinal de que devem passear de vez em quando pela Globo é o penteado do Neymar enfeitando as cabeleiras ecorridas e negras. Não falam português fluentemente. As crianças nem sequer entendem. A língua dos bate-papos animados é o ticuna. No entanto, são obrigados a aprender matemática, química, física, história, geografia etc. na língua-pátria. Uma situação insólita: na língua que não dominam, o português, os jovens precisam ler e escrever – e prestar exames. E, na língua que dominam, o ticuna, também encontram limitações na leitura e na escrita, por tratar-se de uma língua de tradição oral. Assim caminha a juventude ticuna: soterrada numa salada de identidades.

(MONTEIRO, Karla, A pior escola do Brasil? Revista Samuel, número 1, 2012, pp. 36-39. Adaptado.)

O título – A pior escola do Brasil? – justifica-se em relação ao conteúdo do texto pelo seguinte:

Assinale a alternativa em que o item em destaque apresenta mudança de classe de palavras conforme descrito.

a) ... Escola Estadual D. Pedro I, na aldeia Betânia, ficou na rabeira do Enem ... (1.° parágrafo): é originalmente substantivo e está empregado como adjetivo.

b) A Organização Geral dos Professores Ticuna Bilígues foi formando professores indígenas, e o quadro mudou. (2.° parágrafo): é originalmente adjetivo e está empregado como substantivo.

c) “... o pastor Eduardo – provavelmente, Edward – que passou por ali, pelo Alto Solimões, a região mais isolada da Amazônia, no amanhecer dos anos 60. (3.° parágrafo): é originalmente verbo e está empregado como substantivo.

d) O único sinal de que devem passear de vez em quando pela Globo é o penteado do Neymar... (3.° parágrafo): é originalmente verbo e está empregado como advérbio.

e) Assim caminha a juventude ticuna: soterrada numa salada de identidades. (3.° parágrafo): é originalmente adjetivo e está empregado como advérbio.


10. UNESP - 2013

Jesus Pantocrátor1

Há na Itália, em Palermo, ou pouco ao pé, na igreja
De Monreale, feita em mosaico, a divina
Figura de Jesus Pantocrátor:
domina Aquela face austera, aquele olhar troveja.

Não: aquela cabeça é de um Deus, não se inclina.
À árida pupila a doce, a benfazeja
Lágrima falta, e o peito enorme não arqueja
À dor. Fê-lo tremendo a ficção bizantina2.

Este criou o inferno, e o espetáculo hediondo
Que há nos frescos3 de Santo Stefano Rotondo4;
Este do mundo antigo espedaçado assoma...

Este não redimiu; não foi à Cruz: olhai-o:
Tem o anátema5 à boca, às duas mãos o raio,
E em vez do espinho à fronte as três coroas de Roma.

(Luís Delfino. Rosas negras, 1938.)

(1) Pantocrátor: que tudo rege, que governa tudo.

(2) Bizantina: referente ao Império Romano do Oriente (331453 d.C.) e às manifestações culturais desse império.

(3) Fresco: o mesmo que afresco, pintura mural que resulta da aplicação de cores diluídas em água sobre um reves tmento ainda fresco de argamassa, para facilitar a absorção da tinta.

(4) Santo Stefano Rotondo: igreja erigida por volta de 460 d.C., em Roma, em homenagem a Santo Estêvão (Stefano, em italiano), mártir do cristianismo.

(5) Anátema: reprovação enérgica, sentença de maldição que expulsa da Igreja, excomunhão.

A leitura do soneto revela que o poeta seguiu o preceito parnasiano de só fazer rimar em seus versos palavras pertencentes a classes gramaticais diferentes, como se observa, por exemplo, nas palavras que encerram os quatro versos da primeira quadra, que rimam conforme o esquema ABBA. Consideradas em sua sequência do primeiro ao quarto verso, tais palavras surgem, respectivamente, como:

a) adjetivo, verbo, substantivo, adjetivo.
b) substantivo, adjetivo, verbo, verbo.
c) substantivo, adjetivo, substantivo, advérbio.
d) verbo, adjetivo, verbo, adjetivo.
e) substantivo, substantivo, verbo, verbo.


Gabarito:

1. D

2. C

3. A

4. C

5. B

6. E

7. C

8. B

9. C

10. B



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