Questões sobre as Figuras de Linguagem
1) ANHEMBI
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido
na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)
Assinale a alternativa que ilustra a figura de
linguagem destacada no texto:
a) “A novidade veio dar à praia/na qualidade
rara de sereia”
b) “A novidade que seria um sonho/o milagre
risonho da sereia/virava um pesadelo tão medonho”
c) “A novidade era a guerra/entre o feliz
poeta e o esfomeado”
d) “Metade o busto de uma deusa maia/metade um
grande rabo de baleia”
e) “A novidade era o máximo/do paradoxo
estendido na areia”
2. U. Taubaté
No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos a figura denominada:
a) sinestesia
b) eufemismo
c) onomatopéia
d) antonomásia
e) catacrese
3. FAU-Santos
Nos versos: “Bomba atômica que aterra
Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”
Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
Porque meu seio se tornou pedra,
Porque minh’alma descorou de dores.” (Fagundes Varela)
- Dois do presente,
- Dois do passado.”
A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico denominado:
a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora
4. Maringá
Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:
“Amo do nauta o doloroso grito
No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:
a) pleonasmo
b) hipérbato
c) gradação
d) anacoluto
e) anáfora
5. Mack
Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de duas visões antagônicas:
“Saio do hotel com quatro olhos,
Esta figura de linguagem recebe o nome de:
a) metonímia
b) catacrese
c) hipérbole
d) antítese
e) hipérbato
6. UFPB
I. "À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência..."
II. "... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..."
III. "... parece que uma mola oculta o impelia..."
IV. "... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar."
Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,
a) gradação, antítese, comparação e hipérbole
b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação
c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo
d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole
e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole
7. UFF
Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas
formas, pode determinar a supressão de duas formas, pode determinar a supressão
de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de
uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o
princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra.
Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas
apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para
transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas,
se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se
suficientemente e morrem de inanição
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma
das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória,
os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações
bélicas.
Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a
dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível
ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação
que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as
batatas.
(ASSIS, Machado fr. Quincas Borba. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira/INL, 1976.)
Assinale dentre as alternativas abaixo, aquela em que o uso da
vírgula marca a supressão (elipse) do verbo:
a) Ao vencido, ódio ou compaixão, ao vencedor, as batatas.
b) A paz, nesse caso, é a destruição (…)
c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)
e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se (…)
b) A paz, nesse caso, é a destruição (…)
c) Daí a alegria da vitória, os hinos, as aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas.
d) (…) mas, rigorosamente, não há morte (…)
e) Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se (…)
8. UFPA
Tecendo a manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José
Olympio, 1979)
Nos versos
“E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de
a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia
9. FUVEST
A
catacrese, figura que se observa na frase “Montou o cavalo no burro bravo”,
ocorre em:
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.
10. USF-SP
Leia estes versos:
“As ondas amarguradas
Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso”.
Encostam a cabeça nas pedras do cais.
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso”.
(Murilo Mendes)
A figura de linguagem que ocorre nos versos 5 e 6 é:
a) metáfora
b) sinédoque
c) hipérbole
d) aliteração
e) anáfora
Gabarito:
1 - B
2 - A
3 - D
4 - C
5 - D
6 - D
7 - A
8 - C
9 - C
10 - C
parece que nao comparartivo??
ResponderExcluirna questao 6
A metáfora é uma figura de linguagem que faz uma comparação sem utilizar o "como".
Excluirmuito boa
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