1.ENEM 2011
Cultivar
um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de
infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que
manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz,
por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante
para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no
sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física,
fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses
casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época . 23
mar. 2009.
As ideias veiculadas no
texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A
esse respeito, identifica-se, no fragmento, que
a) a expressão “Além
disso” marca uma sequenciação de ideias.
b) o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste.
c) o termo “como”, em “como morte súbita e derrame”, introduz uma
generalização.
d) o termo “Também” exprime uma justificativa.
e) o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no
sangue”.
2.ENEM 2013
Gripado,
penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de
contágios entre línguas. Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que
disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais:
o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval
influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo
era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que
fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo
infectado.
RODRIGUES. S. Sobre
palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
Para
se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor
reconheça a ligação entre seus elementos. Nesse texto, a coesão é construída
predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[…] a palavra gripe
nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que
significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do
organismo infectado.”
3. ENEM 2014
Há qualquer coisa de
especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒ eu não fazia
isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas
vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos
dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que
mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais.
Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos
que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você
escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com
meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha
namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim:
é como me botarem no colo ‒ também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta
no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima,
essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros
espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que
estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há
muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais
secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir.
Rio de janeiro: Record, 2004.
Os
textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas
partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento
a) “nisso” introduz o
fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
4. ENEM 2016
O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é
verdade?
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física
do riso, do movimento da face e da vocalização – nós compartilhamos com
diversos animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas –
que nós não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando estão
brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um
local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a
brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado.
O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico.
Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós,
mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não
é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por
exemplo, interpretar uma piada.
A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre
as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo de o cientista provocar um
dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a
oração seguinte uma relação de:
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de vocalização dos ratos.
b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no
cérebro é contrário à vocalização dos ratos.
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no
cérebro para que não haja vocalização dos ratos.
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização
dos ratos é o dano causado no cérebro.
e)
proporção, já que a medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que
haja vocalização dos ratos.
5. ENEM 2016
Apesar de
Não lembro quem disse que a gente
gosta de uma pessoa não por causa de, mas apesar de. Gostar daquilo que é
gostável é fácil: gentileza, bom humor, inteligência, simpatia, tudo isso a
gente tem em estoque na hora em que conhece uma pessoa e resolve conquistá-la.
Os defeitos ficam guardadinhos nos primeiros dias e só então, com a convivência,
vão saindo do esconderijo e revelando-se no dia a dia. Você então descobre que
ele não é apenas gentil e doce, mas também um tremendo casca-grossa quando
trata os próprios funcionários. E ela não é apenas segura e determinada, mas
uma chorona que passa 20 dias por mês com TPM. E que ele ronca, e que ela diz
palavrão demais, e que ele é supersticioso por bobagens, e que ela enjoa na
estrada, e que ele não gosta de criança, e que ela não gosta de cachorro, e
agora? Agora, convoquem o amor para resolver essa encrenca.
(MEDEIROS, M.)
Há elementos de coesão textual que retomam informações no texto e outros que as antecipam. Nos trechos, o elemento de coesão sublinhado que antecipa uma informação do texto é:
a) “Gostar daquilo que é gostável é fácil [...]”.
b) “[...] tudo isso a gente tem em estoque [...]”.
c) “[...] na hora em que conhece uma pessoa [...]”.
d) “[...] resolve conquistá-la.”
e)
“[...] para resolver essa encrenca.”
Gabarito:
1.
A
2.
E
3.
A
4.
A
5.
A
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